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segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Revista Contra a Corrente Número 7





Dossiê: A ditadura de ontem vive na repressão de hoje

O PT das origens, o pacto com os militares e a anistia precária, 
por Gilson Dantas e Val Lisboa

Entrevista com Prof. Chico de Oliveira

O ascenso operário e a transição conservadora 
por Thiago Flamé

A gestão Rodas e a luta por democracia na USP 
por Prof. Souto Maior

A falácia da Comissão Nacional da Verdade e a luta contra a impunidade às heranças da ditadura por Domênico Colacicco

A indignidade de São Paulo
por Prof. Luiz Renato Martins

A influência do projeto de universidade da ditadura sobre os rumos da USP, 
por Gustavo Carneiro

Entrevista com Prof.ª Bia Abramides

A luta do Centro de Profissionais pelos Direitos Humanos (CEPRODH) da Argentina
por Myriam Bregman

O que foi a ditadura militar no Brasil?
por Magno de Carvalho

Entrevista com Brandão, Diana e Pablito, diretores do Sindicato de trabalhadores da USP

Ditadura e racismo: dois lados de uma mesma luta
por Letícia Parks

Especial: Teatro, luta de classes e ditadura militar no Brasil

Entrevista com Dulce Muniz

Entrevista com Thiago Reis Vasconcelos

A luta dos trabalhadores do teatro
por Fernando Bustamante

Grupo de teatro Forja
por Tin Urbinatti

Teatro Jornal – Primeira Edição: o Teatro de Arena, a esquerda e os estudantes
por Eduardo Luís Campos Lima

Resenha do livro “Teatro na luta de classes” de Iná Camargo Costa, 
por Guilherme Teles

Resenha do livro “A hora do teatro épico no Brasil” de Iná Camargo, 
por Fernando Bustamante

Artigos

As metamorfoses da divisão Sexual do trabalho
por Claudia Mazzei Nogueira

Os mineiros do Estado Espanhol como vanguarda das respostas operárias à crise capitalista mundial
por Santiago Lupe

Prefácio da nova edição do livro “Aonde vai a França?” de León Trotsky


Apresentação
Mais uma vez, a revista Contra a Corrente organiza um dossiê temático e, também mais uma vez, o nosso tema, A ditadura de ontem vive na repressão de hoje, trata de colocar-se nos marcos de duas perspectivas.De um lado, o conjunto do dossiê temático está articulado e convergente na defesa de um ponto de vista crítico da democracia em que vivemos hoje e que se coloca ao lado da classe trabalhadora, dentro do qual todos somamos e coincidimos, mas onde colocam-se distintas estratégias e distintos programas em debate. Por outro lado, temos um núcleo de artigos que aparecem mais colados à linha editorial da Contra a Corrente, afinados em todos os sentidos com a estratégia política e programática cujos contornos estão definidos na linha editorial fundacional da nossa revista, e que busca atualizar as ferramentas do marxismo para dar respostas aos desafios atuais com o objetivo de aportar na elaboração de bases teóricas que auxiliem no emergir de uma vanguarda operária politicamente independente da burguesia.

O diálogo é pleno, as posições diversas afloram, as diferenças são manifestas e, de nossa parte, dos articulistas daquele núcleo, digamos, mais histórico da Contra a Corrente, temos a dizer que esperamos construir, cada vez mais e a cada número da revista, um espaço do mais amplo debate das diferenças.

Um exemplo vivo daquele diálogo e daquela dupla perspectiva – a do fomento ao debate de estratégias e a da busca pelo rigor marxista – está encarnado neste número da revista em torno do seu tema principal (dossiê).

A ditadura militar, especialmente a transição democrática, é o tema tratado neste dossiê (A ditadura de ontem vive na repressão de hoje) por vários articulistas e entrevistados. A dimensão conservadora daquela transição, seus limites e incompletude, além da crítica ao formato da chamada democracia reinante hoje são denominador comum a todos os textos que compõem o dossiê, os quais incluem uma entrevista com Chico de Oliveira.

Além desses depoimentos e de tudo que há de comum em todos eles, temos alguns artigos que coincidem especialmente com a linha editorial da revista. São polêmicas que tensionam o debate sobre o que foi aquela transição e o papel do PT no sentido de procurar tirar lições programáticas e estratégicas para uma crítica radical ao papel da burguesia chamada “democrática” e ao próprio papel que o PT teria cumprido naquela transição; são artigos que desenvolvem argumentos sobre a natureza dos anos de chumbo, o objetivo do golpe de 1964 e a natureza da transição negociada nas cúpulas e o papel nefasto do PT. Nos parecem referenciais que, além de sua carga polêmica, trazem argumentos sólidos para o entendimento do processo histórico atravessado pelo nosso país, e que buscam aportar para os desafios que deveriam nortear a preparação de todos que se colocam ao lado da classe trabalhadora para enfrentar as consequências da maior crise econômica mundial desde a Grande Depressão de 1930, as quais já se fazem sentir mais fortemente nos EUA e na Europa, mas também já começam a se fazer sentir no Brasil.

Exemplifico.

Em relação à natureza do golpe de 1964 e ao papel das alas chamadas democráticas da burguesia, há – dentre outros – um argumento importante que queremos destacar do artigo O PT das origens, o pacto com os militares e a anistia precária: O Golpe de 1964 foi executado para garantir melhores condições políticas para o domínio capitalista. A “abertura” política, quando a ditadura militar mergulhou em crise insanável, também tinha o objetivo de tornar-se uma “redemocratização” controlada por cima para garantir a manutenção do poder da patronal capitalista e seu aparato de repressão antioperária intacto. Qualquer encaminhamento da “abertura” pela via da independência dos trabalhadores e seu livre debate contra a repressão de classe e por saídas para a questão agrária, da reforma urbana, do abastecimento, tinha que ser rejeitada. Esse era o projeto Geisel-Figueiredo. Foi por essa via cega da estratégia de conciliação de classe que o PT se adaptou como “ala esquerda” junto aos setores “democráticos” da burguesia.

Ou seja, o papel do PT passou pelo colaboracionismo e não foi aquele que hoje prevalece na alegre historiografia de certa esquerda e, naturalmente, do próprio PT: seja por parte dos PCs defendendo uma saída negociada com a ditadura, seja por parte do PT que adotava um discurso rupturista e pressionava por uma transição menos controlada pelos militares, ambos os setores adotaram a ideologia de colaboração de classes utilizada pelas classes dominantes para frear o potencial revolucionário da luta dos trabalhadores contra a ditadura.

São teses polêmicas. Mas a estranheza que causam existe justamente em função de certo senso comum forjado pelo petismo (incluindo suas alas esquerdas), de que não haveria uma alternativa estratégica de independência de classe na luta contra a ditadura, que ligasse a luta pelas demandas democráticas candentes com a necessidade de preparar a derrubada da ditadura pela via insurrecional.

Ou seja, o PT colaborou para o êxito de um pacto por cima. Mais uma vez a questão da classe operária como sujeito político independente e ativo ficava em segundo plano ou apenas na esfera da propaganda, de uma ou outra declaração de intenções revolucionárias. E mais: a burguesia e seus gorilas da repressão estavam anistiados politicamente. Nessa medida, Lula e o PT eram muito mais a negação do que a afirmação da massiva espontaneidade e democracia de base que explodia no meio operário naqueles tempos. Ao não levantar uma política independente e de classe, o PT foi cúmplice e complacente com a negação da anistia reclamada por toda uma geração, inclusive proletária como foi o caso de tantos e tantos Olavos Hansen, torturados ou exterminados pelos generais da ditadura e companheiros de todas as correntes perseguidas pelos torturadores.

Nos anos das “diretas já”, nos 1980, o PT aprofundará seu papel de contenção de classe. Destacamos nossa coincidência com as definições fundamentais do artigo O ascenso operário e a transição conservadora: Esse papel de contenção do PT, que se intensificou ao longo da década de 1980, é o que ajuda a entender como o resultado do ascenso operário, sem mediar nenhuma derrota exemplar do movimento de massas, desembocou num regime democrático extremamente elitista e conservador, que carrega as marcas da historia brasileira, e na posterior ofensiva neoliberal.

Desde a nossa ótica, essa posição – que é pouco consensual mesmo entre partidos de extração trotskista que atuaram naquela época, mas que, em todo caso, até hoje não fazem um balanço nestes marcos críticos – deve ser posta, deve ser debatida e o nosso papel, como publicação que se propõe marxista e revolucionária, é o de permitir que ela seja formulada para que se trave o debate.

Como é fácil de constatar, trata-se de uma opinião contra-hegemônica, isto é, que destoa daquele arco de opiniões citadas no início ou que, tomados de conjunto, compõem nosso dossiê. Integram a nossa unidade de propósitos, de trabalho para que uma revista acadêmica expresse um vivo debate de ideias.

Mas justamente o papel de publicações como o da Contra a Corrente deve ser este: contribuir para realizar o debate que não foi feito, chamar a atenção para lições estratégicas que possam emanar dos acontecimentos, crises e derrotas da luta de classes como foram os anos da ditadura e sua transição. Com que objetivo, além do esclarecimento, da investigação científica? Com o propósito de que os mesmos erros não voltem a ser cometidos e possamos construir, conscientemente, a vitória da classe trabalhadora nos futuros combates que certamente virão.

O ascenso da luta de classes que criou o PT foi, na nossa ótica, uma oportunidade perdida. E a burguesia chamada “democrática” não pode ser jamais opção para a classe trabalhadora. Não podemos cometer os mesmos erros. Ou deixar de aprender com eles. Organizações operárias de massas como o PT que surjam na política são esfera para nossa intervenção, mas de forma que a luta possa se dar sem ilusões nem com a burocracia sindical – que trava e desvia a independência política da classe trabalhadora e seus aliados pobres, como alguns artigos buscam demonstrar no caso da burocracia lulista – e muito menos com frentes amplas/populares dirigidas pela burguesia ou pela pequena-burguesia frequentemente entendidas e tratadas como se fossem saída estratégica.

O debate sobre a ditadura e a luta pela punição dos assassinos e torturadores civis e militares responsáveis pela mesma ganha ainda maior destaque frente ao recente lançamento da Comissão nacional da verdade. Uma Comissão que, como demonstrado no artigo A falácia da Comissão Nacional da Verdade e a luta contra a impunidade às heranças da ditadura, já nasce como fruto de umacto entre o governo petista e as cúpulas militares de preservação da Lei da Anistia que garante a impunidade. Essa marca se expressa no próprio fato do primeiro coordenador ser uma figura como Gilson Dipp, quem preside a comissão de juristas escalada pelo Senado para reformar o Código Penal e criar uma lei sobre “atos terroristas” para enquadrar o MST; e que, quando exercia o cargo de perito do Estado brasileiro na Corte Interamericana de Direitos Humanos, atuou em defesa da ditadura e contra os familiares dos guerrilheiros do Araguaia. Nesse marco, nos colocamos ao lado de “Uma perspectiva estratégica que tem como centro a ação independente das organizações operárias, populares e de direitos humanos, baseada em métodos de luta de classes, se contrapõe à perspectiva estratégica de pressionar o governo para que sua tímida política de direitos humanos possa ir o mais à esquerda possível dentro dos marcos da institucionalidade burguesa e da governabilidade petista, como defendem vários setores ligados às alas esquerdas do PT”. Nessa batalha, o artigo A luta do Centro de profissionais pelos Direitos Humanos (CEPRODH) da Argentina traz importantes lições que devem ser refletidas por todos os setores da esquerda no Brasil.

A impunidade aos responsáveis pela ditadura é inseparável do papel estrutural que a repressão cumpre na democracia em que vivemos, em especial no genocídio permanente contra os pobres negros nas favelas como mecanismo de contensão das contradições resultantes da pobreza crônica que caracteriza o país, com uma continuidade da essência dos principais aparatos repressivos sob novas máscaras – como bem mostra o artigo Ditadura e Racismo: dois lados de uma mesma luta –, mas que também marca a repressão sistemática a todos os setores populares que saem à luta, comoatualmente vemos no envio da Força de Segurança Nacional para conter a rebelião dos operários da construção civil nas obras do PAC, na repressão aos sem-teto (como abordado no artigo A indignidade de São Paulo, de Luiz Renato Martins, sobre a brutal repressão de Pinheirinho em São José dos Campos no início de 2012) e sem-terra, na repressão aos estudantes e funcionários da USP, e um longo etecetera.

Como explicita o artigo A gestão Rodas e a luta por democracia na USP do Professor de direito da São Francisco e Juiz do Trabalho Jorge Luís Souto Maior, a universidade São Paulo constitui um exemplo dessas heranças da ditadura militar que perduram até os dias atuais. No artigo A influência do projeto de universidade criado na ditadura sobre os rumos atuais da USP, o atual reitor - que recentemente ergueu um monumento da universidade em homenagem à “Revolução de 1964” - é definido da seguinte forma: “Em 2009, José Serra passa por cima das decisões do já anti-democrático processo eleitoral de escolha do reitor da USP, e nomeia, pela primeira vez em 28 anos, o segundo colocado da lista tríplice. O escolhido foi João Grandino Rodas, jurista que integrou a Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos entre 1995 e 2002, votando pela inocência do regime militar em casos como as mortes de Zuzu Angel e Edson Luís, entre muitos outros. Além disso, foi diretor da Faculdade de Direito, autorizando a entrada da Tropa de Choque da PM nessa faculdade em 2007 para reprimir uma manifestação da Jornada em Defesa da Educação, organizada por ativistas e movimentos como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST); assim como foi o articulador da resolução do Conselho Universitário que regulamentou a entrada da PM na unive rsidade em 2008”.

Nesta edição, trazemos uma entrevista com Claudionor Brandão, Diana Assunção e Pablito Santos e o artigo O que foi a ditadura militar no Brasil?, de Magno de Carvalho, todos perseguidos políticos pela reitoria da USP. No caso de Brandão, demitido político desde 2009, entre outros motivos por ter defendido os terceirizados da universidade; no de Diana, processada por se colocar ao lado dos estudantes na greve contra a presença da PM na USP em 2011. Na entrevista, defendem a importância de colocar de pé uma campanha nacional contra a repressão aos lutadores, em especial frente aos impactos da crise econômica internacional que já começam a se fazer sentir no Brasil: “Frente aos ataques dos governos e patronais aos processos de greve em curso e aos trabalhadores, é fundamental coordenar o conjunto das lutas em curso nacionalmente, chamando também uma grande campanha em defesa dos lutadores e lutadoras, pela retirada de todos os processos contra os estudantes, trabalhadores e sindicalistas e libertação de todos os operários e camponeses presos por lutar na cidade e no campo”.

Por fim, o dossiê apresenta entrevista com a prof. Bia Abramides da PUC/São Paulo, que conta como foi a repressão sobre o Congresso da UNE em Ibiúna no ano de 1968, no qual estava presente. 

Além do dossiê, este número da revista Contra a Corrente conta com uma seção especial de cultura com uma série de artigos e entrevistas sobre o teatro brasileiro frente ao ascenso da luta de classes que culminou no golpe de 64, a resistência à ditadura militar, a transição e os dias atuais, sempre encarado desde um ponto de vista da luta de classes e da produção de uma arte independente e ligada aos interesses históricos de emancipação da classe operária. Nessa seção, contamos com um artigo de Fernando Bustamante que lança um olhar histórico sobre o teatro ligado à luta de classes no país e desenvolve uma rica reflexão sobre os rumos políticos do movimento de grupos de teatro independente e militante que têm atuado em São Paulo na última década. Apresenta também uma entrevista com Thiago Reis Vasconcelos, diretor da Cia. Antropofágica de teatro. A Antropofágica é um exemplo contundente de que os grupos de teatro mais críticos têm a compreensão de que para avançar política e esteticamente é fundamental fazer um balanço de nosso passado, incluindo o período da ditadura. Como aponta Thiago: “é fundamental fazer uma investigação da herança colonial, que é muito forte e traz as especificidades que o modelo capitalista tem no Brasil”. E também aponta os reflexos disso na elaboração artística do grupo, afirmando que “Dentro do nosso processo de construção das peças, esse estudo teórico é muito importante: o estudo da história do Brasil, a análise de conjuntura, de como isso hoje aparece na sociedade, e que tipo de poética, que tipo de estética, que tipo de treinamentos, que tipo de técnicas são necessários para contar essa história dessa maneira.”

Além disso, a entrevista faz um rico balanço político do combate à ditadura, no qual, na visão do entrevistado “o ponto chave é: entender quem estava combatendo essa forma da ditadura do capital e quem estava combatendo essa forma e também pensando no combate a todas as formas da ditadura do capital”, bem como do ascenso do PT ao poder e seus reflexos sobre a arte e a cultura, em um cenário que o partido governante assume a lógica de que “se não há hipótese de revolução, só nos resta administrar humanitariamente o capitalismo, que é a proposta do PT”. Também contamos com uma entrevista a Dulce Muniz, do Núcleo 184, que foi do Teatro de Arena, participou da criação dos grupos de teatro-jornal e militou no PORT, sendo presa e torturada junto com Olavo Hansen; além do artigo de Tin Urbinatti, do Grupo Forja, que vivenciou a experiência de fazer teatro junto aos operários do ABC paulista em meio às greves de 1978-80. E conta com as resenhas do livro A hora do teatro épico no Brasil e do artigo Teatro e luta de classes, ambos de Iná Camargo (resenhados respectivamente por Fernando Bustamante e Guilherme Teles); e do artigo de Eduardo Luís Campos Lima sobre o teatro-jornal na ditadura.

Ligando esta edição da revista Contra a Corrente com a realidade internacional marcada pela crise capitalista mundial e as primeiras respostas da classe trabalhadora aos ataques que buscam descarregar os custos da mesma sobre suas costas, publicamos um artigo sobre a heroica luta protagonizada pelos mineiros do Estado Espanhol nos últimos meses, escrita diretamente deste país por Santiago Lupe, o qual evidencia como, mesmo com enormes limites programáticos impostos pela burocracia sindical, a classe operária, na medida em que retoma os métodos clássicos de duas tradições históricas de luta – como foram os grandes levantes protagonizados pelos mineiros asturianos na Guerra Civil Espanhola na década de 1930 ou na resistência contra a ditadura de Franco –, coloca-se novamente na ordem do dia a potencialidade desta classe social hegemonizar o conjunto dos setores oprimidos da sociedade no enfrentamento contra o capital. Os depoimentos das operárias mineiras emocionam por trazer, em sua espontaneidade, elementos de uma profunda tradição.

Também para conectar esta edição da revista com os desafios de nossa época, publicamos o prefácio do livro Aonde vai a França, de León Trotsky, recentemente lançado pela Editora Kiron, que demonstra como esta é uma ferramenta extremamente necessária e atual para atualizar a teoria marxista como guia para a ação. 

Por fim, trazemos também um artigo de Cláudia Mazzei – As Metamorfoses da Divisão Sexual do Trabalho –, que reflete sobre a relação entre a opressão de gênero e o trabalho precário no Brasil, componente estrutural da acumulação capitalista no país; além do lançamento do nosso número anterior de Contra a Corrente (com entrevista do prof Chico de Oliveira na USP e m junho passado).

29/8/2012
Gilson Dantas
Editor de Contra a Corrente


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domingo, 20 de maio de 2012

Revista Contra a Corrente nº VI


Prof. Chico de Oliveira: ENTREVISTA EXCLUSIVA
Artigos
Três deformações do marxismo: marxismo como teleologia histórica, como mecanicismo-estruturalismo e como teoria do progresso linear - por Cátedra Livre Karl Marx - Faculdad de Filosofia y Letras da UNAM (México).

Uma re-leitura marxista de Kant: critica da razão imanentista - ANTÔNIO DA SILVA CÂMARA

A quimera do principio do direito da dignidade da pessoa humana - HÉLIO RODRIGUES

O dominó europeu: Alemanha, Eurozona e a crise capitalista mundial - GILSON DANTAS

Considerações acerca da influencia de Feuerbach sobre Marx e da crítica de Marx a Feuerbach - MARIA TERESA BUONOMO DE PINHO

A continuidade de um ciclo vicioso de acumulação de capital via Estado: o primeiro semeste do governo Dilma - LUCAS GAMA LIMA E ALEXANDRINA LUZ CONCEIÇÃO

E.P Thompson e os livros didáticos no Brasil - MICHAEL GOULART DA SILVA

DECLARAÇÃO: A Frente de Esquerda diante da crise capitalista (ARGENTINA - ELEIÇÕES 2011)

Revolução espanhola e a esquerda comunista no Brasil - LUIZ ROBERTO S. LAUAND

Para além da miséria sexual - DIANA ASSUNÇÃO

Novas lições da Comuna de Paris - V. I. LENIN

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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Revista Contra a Corrente nº 4

Apresentação


Este dossiê do n.4 da revista Contra a Corrente ocupa-se do tema do balanço do PT em seus 30 anos de existência. Vários autores se debruçaram sobre questões ligadas às origens e trajetória do PT e o resultado encontra-se no primeiro bloco de artigos da revista que enfocam problemas como: PT das origens, PT como partido que nasceu deformado ou que foi degenerando em partido burguês no andar dos anos, PT como partido sem estratégia para o poder e, fundamentalmente, as pistas para o entendimento mais cientifico possível de um fenômeno da luta de classes – o PT – que marcou a face da história do Brasil e da América Latina (onde é incomum a existência de partido com essa origem, proletária). Esperamos que outros autores venham a contribuir, em futuros números da Contra a Corrente, para que este tema – de importância estratégica para a classe operária – continue sendo objeto de debate. Neste dossiê damos apenas o pontapé  inicial com a consciência  de que integramos um debate já em curso em outras publicações. 

O primeiro dos artigos deste dossiê traz o prof. Antonio Câmara que, em entrevista a nós concedida, expõe idéias importantes em termos de um balanço objetivo do PT-30 anos, mostrando que há muito que já não há qualquer diferença importante entre o PT e outros partidos burgueses, que o PT tornou-se importante trava ao desenvolvimento da consciência de classe das massas e quais as conseqüências e causas, na sua ótica, desse processo.

Claudia Cinatti, do Centro de Estudios, Investigaciones y Pesquisas, de Buenos Aires, tem um dos seus textos trazido aqui em forma de excerto (Uma polemica sobre as frentes “antineoliberais” e os “partidos amplos” – Quê partido para qual estratégia? - http://www.slideshare.net/revistacac/ag-claudia-cinnati-ca-c4 ), no qual aborda o problema dos partidos “amplos” ou sem definição de classe, partidos que têm surgido pela esquerda em meio à degeneração de processos como o do PT no caso brasileiro; a importância da sua análise se prende ao fato de incorporar argumentos teóricos ao debate sobre problemas de origem do PT e problemas de origem de partidos como o atual PSOL.  

Osvaldo Coggiola (Sobre as origens do PT: uma anti-história) em seu texto argumenta que o PT não foi, desde suas origens, uma proposta de partido operário independente e que sua direção sempre se posicionou sensível à pressão da burguesia (o regime militar, por exemplo, pressionou para excluir os sindicatos do interior do PT); este autor nos mostra como Lula adaptou as greves do ABC à estratégia de conciliação de classe do MDB e que, desde 1989, Lula se lança mais abertamente à colaboração de classe com a burguesia.

O artigo seguinte do dossiê PT-30 anos (Três teses sobre o PT das origens, de G.Dantas - http://www.slideshare.net/revistacac/agg-gilson-ca-c4  ) procura caracterizar a miséria da estratégia que sempre esteve presente na direção do PT e também nas tendências de esquerda que dele participaram, mesmo quando se colocavam mais combativas e com elementos classistas; o artigo oferece ao debate três teses sobre o PT das origens. Este artigo se coloca na perspectiva de avaliar o PT das origens trazendo argumentos para  a tarefa atual de construção de um partido operário de massas e revolucionário. 


O artigo seguinte, de Valério Arcary, Anotações para um estudo histórico sobre o PT, traça um importante e bem argumentado paralelo histórico entre a social-democratização do PT e problemas semelhantes ocorridos no início do século XX, em especial do debate-Bernstein; e mostra a crise de degradação do PT como crise de uma estrategização da tática eleitoral e a crise de certa esquerda como a crise do “método alemão”, ou seja, a crise de uma tendência recorrente de adaptação à rotina sindical-parlamentar.


David Maciel, da UFG, faz um estudo importante sobre As raízes ideológicas do PT, mostrando, ponto a ponto, as bases sociais e históricas e a trajetória ideológica daquele partido. Sobre o tema PT, longe de esgotar o debate, e considerando a importância teórica, política e prática para a classe trabalhadora desta questão, Contra a Corrente mantém aberto o debate.

Na esfera dos artigos sobre outros temas, destacamos o texto da professora Teresa Pinho, da UFS, sobre o problema da ideologia na suposta morte do marxismo ( http://www.slideshare.net/revistacac/ag-maria-teresa-ca-c4 ), rico em argumentos sobre uma época de miséria material e espiritual, de decadência ideológica da burguesia onde aparece, frequentemente decretada, a falsa morte do marxismo.

Outro tema contemporâneo, desta vez na esfera da crise econômica do capitalismo, é A crise do capital e seus efeitos desiguais e combinados na Europa ( http://www.slideshare.net/revistacac/ag-lucas-e-alexandrina-ca-c4 ), de Lucas Lima e Alexandrina Luz, com foco no impacto da crise mundial, cujo epicentro, neste momento, encontra-se na Europa.

Dilemas da revolução bolivariana, de Fábio Luis dos Santos, desenvolve uma referenciada crítica ao governo Chávez, mostrando a construção de um regime de perfil claramente eleitoral, plebiscitário e que marcha para a crise na mesma medida da impossibilidade de mudanças revolucionárias dentro da ordem e do esgotamento do próprio chavismo nos moldes bonapartistas em que veio sendo formatado.

Gramsci e sua chegada e receptividade na América Latina é o tema de Cássio Augusto, com seu Gramsci na América Latina: itinerário de uma recepção.


O artigo de Juary Chagas, O leninismo e a aliança de classe nas eleições: uma polêmica teórica com o MES/PSOL, aporta para o debate político-eleitoral no país através do diálogo com uma corrente interna do PSOL; o autor critica o MES por não se somar à frente de esquerda PSOL/PSTU e o faz com importantes argumentos de Lenine; sente-se falta, no entanto, de argumentos fundamentais do próprio Lenine e de Trotski, contrários a esse tipo de aliança com partidos policlassistas e estritamente eleitoreiros como o PSOL, um partido que se desprende do PT mas que reproduz sua “cultura” política de busca de alianças com partidos da burguesia (PV etc) e defensor ativo de medidas burguesas como o Supersimples, que atacam direitos da classe trabalhadora. Para o PSTU, partido importante e com fortes elementos classistas, cabe o argumento do autor, no sentido de se levantar uma frente de esquerda, de fato, com Zé Maria presidente, mas aliando-se ao PCB e outras correntes classistas em defesa de uma estratégia integralmente de classe. Uma estratégia que utilizasse as atuais eleições para denunciar o próprio parlamento, a própria falta de perspectiva parlamentar/eleitoral e, ao mesmo tempo, defendendo a auto-organização da classe trabalhadora em torno do seu programa, articulando medidas reformistas com medidas revolucionárias; e valorizando toda uma base combativa que milita no PSOL, claro, mas sem iludir-se com a direção e o rumo deste partido que já nasce velho e à sombra da burguesia democrática.

O artigo seguinte, Capitalismo, monopólio e patentes: propriedade intelectual e a desmedida exploração dos bens intangíveis (http://www.slideshare.net/revistacac/aaa-8628319 ), do prof. Wellington Fontes Menezes, ajuda a clarear o debate atualíssimo sobre o problema das patentes, forma que o grande capital encontrou de monopolizar bens como a própria vida. 

Daniel Bensaid é objeto de dois textos, um em torno da sua trajetória política de vida (Obituário, de Gilson Dantas) - http://www.slideshare.net/revistacac/ag-daniel-bensaid-ca-c4 ) e o outro uma resenha do seu livro Os irredutíveis: teoremas para a resistência do tempo presente, escrita por Deni Irineu A. Rubbo, que recupera preciosas contribuições de Bensaid na luta contra o pós-modernismo e outros temas, um autor que sendo importante, na nossa ótica, padece, – na sua concepção estratégica -  de fraquezas insanáveis dentro da sua justa perspectiva de “atualizar o comunismo radical”. 

No setor de resenhas de livros, temos ainda Yuri Martins Fontes, com o livro Os cangaceiros, de L. Bernardo Pericás, o prof. José de Lima Soares, com o livro História das lutas dos trabalhadores no Brasil e Fábio M. Querido resenhando As utopias de Michael Lowy: reflexões sobre um marxista insubordinado, onde destaca a importância e a relevância do pensamento de Lowy para o debate marxista contemporâneo (os limites estratégicos de Lowy estão brevemente registrados em outro texto da Contra a Corrente, sobre Daniel Bensaid); Hélio Rodrigues nos traz a resenha do livro de H. Marshall Cidadania e classe social.  Por fim, três resenhas de filmes constam da revista, com o filme Terra e liberdade, de Ken Loach (crítica de Hélio Rodrigues), À procura de Eric (crítica de Silvia Adoue) e Lula o filho do Brasil - http://www.slideshare.net/revistacac/ag-michel-ca-c4 (crítica de Michel Silva).  

Temos também o artigo História e imagem: possibilidades de novas leituras, do prof. Derval Cardoso Gramacho. Já na área de literatura, o texto do prof. Francisco Teixeira, da UFC, O mundo reificado de Graciliano Ramos: uma leitura na perspectiva da economia política, contribui ao marxismo através de uma análise da obra de um dos mais férteis escritores da literatura brasileira.

Este número da Contra a Corrente está sendo lançado em meio à reta final para as eleições nacionais 2010, momento em que os grandes capitais entram em cena para garantir os candidatos, majoritários e proporcionais, que assegurem a continuidade dos negócios capitalistas e a preservação do que eles chamam “governabilidade”. “Vote melhor”, “renove” o parlamento, “valorize seu voto” diz a propaganda burguesa, ao mesmo tempo em que a democracia dos ricos se reproduz através de campanhas regadas a milhares e milhões de reais e as regras do jogo seguem intocadas (mandato não revogável a qualquer momento, político ganhando mais que professor, dados pessoais não divulgados com 100% de transparência etc). O grande debate fica ausente: o de como por fim a essa democracia dos ricos e levantar em seu lugar uma democracia dirigida pela classe trabalhadora e massas pobres, com outras regras – de democracia radical, pela base, por local de trabalho e moradia – e com as grandes alavancas da economia estatizadas e sob pleno e direto controle dos trabalhadores. Não há dados que demonstrem que a história inventou algo superior a essa perspectiva: quem cria a riqueza deve geri-la.
Este número da Contra a Corrente registra a importante data dos 70 anos do assassinato de Leon Trotski, em 1940, na cidade do México, a mando de Stalin. Continuador de Marx e Lenine, Trotski deve ser lembrado por suas importantes obras que decifram questões estratégias do nosso tempo (basta que se pense em A revolução traída e no Programa de Transição da IV Internacional) e trata-se de um autor que merece o mais amplo debate acadêmico e não-acadêmico; neste número de nossa revista, registramos excertos/citações de alguns dos seus textos como forma mínima de registrar aquela data. A Editora Centelha Cultural (em co-edição com a Editora Iskra) lançará em poucos dias o livro Bolchevismo e stalinismo, de Trotski, como parte desse processo, ao mesmo tempo em que a Editora Iskra se prepara para lançar A revolução espanhola, com textos do mesmo autor. Também registramos a importante iniciativa da revista Antítese no sentido de homenagear aos 190 anos do nascimento de Engels, autor inseparável de Marx e que nos legou importantes contribuições em variados campos do conhecimento, especialmente no debate sobre a natureza do marxismo. 

O próximo número da revista Contra a Corrente será dedicado ao tema do meio ambiente: ecologia e marxismo; desde já se encontra aberto a artigos e resenhas que tratem do tema sendo que o prazo final para envio dos artigos está provisoriamente fixado em 31 de janeiro de 2011.  Por último, o grupo de estudos marxistas Armas da crítica, que funciona na UnB, convida a todos aqui de Brasília para participarem de debates em torno do marxismo clássico/contemporâneo e também, ainda neste semestre, de estudos sobre o tema marxismo e ecologia, darwinismo e marxismo e revoluções sociais do século XX.

Gilson Dantas
Brasília, 10/9/2010

Revista Contra a Corrente nº 3


Dossiê - Crise Econômica Internacional

Crise econômica internacional: Começou o segundo capítulo? PAULA BACH;
http://www.slideshare.net/revistacac/ag-paula-bach-cac3

China, Brasil, América Latina e a esquerda no contexto da atual crise econômica mundial (Entrevista: de Guillermo Almeyra concedida a Murilo Leal) MURILO LEAL;
http://www.slideshare.net/revistacac/ag-murilo-leal-cac3

A um ano da posse: Obama frente al desgaste de su gobierno CLAUDIA CINATTI:
http://www.slideshare.net/revistacac/um-ano-de-posse-obaa-frente-al-desgaste-de-su-gobierno

 A crise econômica global e a ação do Estado ZILAS NOGUEIRA DE QUEIROZ;

A grande crise do capital RODRIGO DANTAS;

O capitalismo em crise histórica e suas tentativas de escapar da depressão GILSON DANTAS (http://www.slideshare.net/revistacac/o-capitalismo-em-crise-histrica-e-suas-tentativas-de-escapar-da-depresso);

Crise, “pós-crise” e a centralidade política do trabalho FERNANDO PONTE DE SOUSA; Washington D. C.

As ilusões da Obamania: contradições do capitalismo no coração do império WELLINGTON FONTES MENEZES;

La crisis internacional, sus perspectivas y el programa de los revolucionários (Resenha) ALEXANDRINA LUZ CONCEIÇÃO; ARTIGO:

Burocracia e Socialismo em Weber e Trotski (II Parte) EDISON URBANO;

Projeto, utopia e revolução: introdução ao debate entre “urbanistas” e “desurbanistas” soviéticos IRALDO ALBERTO ALVES MATIAS;

Um Brasil mais injusto e decadente: redução da mobilidade social e crise da educação pública durante o governo Lula VALÉRIO ARCARY;

A transnacionalização das empreiteiras brasileiras e o pensamento de Ruy Mauro Marini PEDRO HENRIQUE PEDREIRA CAMPOS;

Revolução e socialismo: notas teóricas MICHEL GOULART DA SILVA;
 http://www.slideshare.net/revistacac/michel-goulart-da-silva

Conhecimento sócio-histórico HÉLIO F. L. N. DA GAMA;

A produção do espaço e da escala pelo capital LUCAS GAMA LIMA / ALEXANDRINA LUZ CONCEIÇÃO;
http://www.slideshare.net/revistacac/a-produao-do-espao-e-da-escala-pelo-capital

RESENHA: Século XXI: fim da sociedade do trabalho ou intensificação da jornada? (Livro: Mais trabalho!) JOSÉ DE LIMA SOARES;

APELO: Vamos manter viva a universidade dos trabalhadores! JOSÉ ARBEX JR.;

CINEMA: Benjamin Button, uma vida ao contrário, e na direção errada DANIEL M. RUFINO;

Avatar: considerações preliminares FERNANDO SIMÃO VUGMAN.

Esta revista - Revista Marxista de Teoria, Política e História Contemporânea (CaC) é um espaço de abertura teórica, política e acadêmica, que procura integrar-se à luta pela transformação da sociedade. Nessa perspectiva, a revista propõe-se a refletir sobre temas de história e política contemporânea, como a crise do capitalismo, as questões teóricas e práticas como democracia e socialismo, conflitos e antagonismos sociais, direitos e políticas públicas e a construção dos instrumentos políticos de organização independente e autônoma da classe trabalhadora em relação à patronal capitalista. A revista funcionará com artigos de foco contemporâneo, de natureza política, teórica ou científica, e também com resenhas, dossiês sobre temas específicos, além de entrevistas, notas de leitura e documentos relacionados ao Centro de Estudos e Pesquisas Sociais de Brasília (CEPESB). Contra a Corrente, na condição de revista do Centro de Estudos e Pesquisas Sociais de Brasília (CEPESB), se propõe como ferramenta do debate atual e espaço para a intervenção daqueles que se opõem à ordem capitalista. E diga-se: espaço que não existe no Distrito Federal para esse tipo de preocupação política. Estudantes, professores, trabalhadores em geral estão convidados a dela participar.
Existe toda uma comunidade de revistas marxistas pelo Brasil afora na qual Contra a Corrente se inclui e com a qual dialogará. Não obstante, Contra a Corrente adota sua própria linha editorial que naturalmente a aproxima mais de periódicos de perfil marxista como História e Luta de Classes (Paraná), Outubro (São Paulo), Antítese (Goiânia) etc., ao mesmo tempo em que adota especial convergência com a postura teórica inovadora da revista Iskra (São Paulo), com seu declarado empenho em estabelecer a justa e necessária crítica a uma certa tradição dominante no marxismo brasileiro. Aliás, espera-se que assim que se apresente a oportunidade possam-se tomar iniciativas e formas de cooperação com tais publicações, inclusive com outros periódicos não mencionados aqui e outros que surgirão.

Revista Contra a Corrente nº 2


David Harvey, crise, imperialismo e luta de classes (Matias Maiello);

István Mészáros: da crise do capital à alternativa hegemônica do trabalho (Rodrigo Dantas);

Crise financeira ou crise histórica do capitalismo? (Gilson Dantas);
http://www.slideshare.net/revistacac/crise-financeira-ou-crise-histrica-do-capitalismo 

A crise de 1929 e a Grande Depressão da década de 30 Segunda Parte (Osvaldo Coggiola);

Entrevista: A Comuna de Oaxaca dois anos depois (Sandra Romero);
http://www.slideshare.net/revistacac/a-comuna-de-oaxaca

Sarney e a vanguarda da dominação burguesa no Brasil (David Maciel);

Trotski, Rosa Luxemburgo e o mito da “teoria leninista da organização” (Murilo Leal Pereira Neto);
http://www.slideshare.net/revistacac/trotski-rosa-luxemburgo-e-o-mito-da 

Juventude, marxismo e revolução (Michel Silva);
http://www.slideshare.net/revistacac/juventude-marxismo-e-revoluo

Ponto de partida para o debate sobre a desigualdade social, pobreza, questão social e direitos sociais: uma abordagem a favor da emancipação humana (Hélio Rodrigues); e outros.

Revista Contra a Corrente nº 1

A revista Contra a Corrente (Revista Marxista de Teoria, Política e História Contemporânea), espaço de abertura teórica, política, principalmente acadêmica, procura integrar-se à luta pela transformação da sociedade e, nesta perspectiva, propõe-se a refletir sobre temas de história e política contemporânea, como a crise do capitalismo, as questões teóricas e práticas como democracia e socialismo, conflitos e antagonismos sociais, direitos e políticas públicas e a construção dos instrumentos políticos de organização independente e autônoma da classe trabalhadora em relação à ordem dominante. Será também um espaço de luta contra o irracionalismo, o reformismo, o pensamento socialista burocrático que confunde Marx...